domingo, 2 de agosto de 2009

Souvenir à-toa

Após um exaustivo dia de puro ócio, encontrava-se aniquilando o que restava de tempo até que caisse em sono diante do computador. Assistir à mudança gradativa dos tons de azul do céu à medida em que o dia ia-se embora, da janela do seu quarto, o angustiava. Mexer no computador resumia-se em tudo que lhe restava fazer além de dormir e estudar, duas atividades as quais ele honestamente não seria capaz de praticar em tal ocasião. E então, muito inexperadamente, todo o tempo que ele disperdiçara online fez-se justificável; um garoto que havia conhecido há um mês atrás e que havia ido a outra cidade em uma viagem, portanto esteve ausente desde então, logou. Disse que voltara definitivamente para a cidade, e que estava com saudades. Que não deixou de pensar nele durante todo o tempo e que ele até esteve em dois sonhos seus, um sem muito nexo e outro cujo bons modos não o permitiam entrar muito em detalhes a respeito. E seguiram conversando noite a fora, a conversa ficava cada vez mais envolvente e a cada segundo reafirmavam algo que já tinha percebido: que tinham, de fato, muito em comum. O Sol já despertava quando decidiram deslogar e ir dormir. Se despediram para nunca mais entrarem em contado, de qualquer natureza, novamente.

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