sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

-abafando Des

Odeio escrever em blog. Acho blog útil para desabafar, e tal, mas todo desabafo só é realmente válido quando é ouvido, o que não acontece no meu blog. Verdade é que só sinto vontade de escrever aqui quando leio blogs alheios. Engraçado que, em maioria, os autores sempre escrevem coisas do tipo "já que sou o único que vem aqui...", e eu paro e penso: será que alguém lê o meu? Tipo... não que eu ache que tenha muito o que se ler aqui, mas eu realmente me pergunto. Mas eu sei que não, sei mesmo. E me é indiferente, também. Fato é que vira e meche tô lendo o blog de alguém sem que a pessoa saiba. Não sei pra quê, também, já que nunca descubro algo de importante sobre as pessoas. Elas apenas fingem pensar que ninguém lê seus blogs, e por isso jamais se expessam integralmente. Eu não tenho esse problema.

2009 acabou, passou rápido como 2007, mas não como 2008. 2008 foi um ano quente, húmido, altamente contrutivo tal como destrutivo. 2009 foi o tipo de ano onde a tormenta cessa e a poeira começa a baixar e a compor o novo cenário -que em suma parece bastante belo-, até então. Não mais postarei tentativas frustradas de redações não-corrigidas aqui, espero. Tô na eminência do maior fracasso -ou sucesso- da minha vida até hoje. É, vestibular. Eu tô com fé, tô confiante, mas tô morrendo de medo de quebrar a cara. Eu não gostaria MESMO de fazer cursinho, e me mudar pra Assis seria maravilhoso, seria uma revolução na minha vida, mas como nada de muito radical e extremamente positivo me acontece de uma só vez, apenas em doses homeopáticas, eu mantenho um pé e meio atrás a respeito disso tudo.

Passei a virada do ano plenamente realizado. Consegui muito mais do que esperava esse ano, mesmo, mesmo. Mas bastou passarem umas 4 horinhas para que dois, apenas dois castelinhos desmoronassem. Eram dos mais altos e preciosos, é claro. Daí, hoje há pouco, saí pra conversar com o Milz, e ele me disse algo que coube perfeitamente nesse contexto e que se resume da seguinte forma: em situações onde a vida de outrém interfere na tua por sua maneira de ser, jamais ouse modelar a vida do outro, jamais. Ninguém muda a vida de outra pessoa por vontade exclusivamente sua. Em situações como essa o que resta a fazer é destruir os elos nocivos, apenas. Tentar concertá-los é sinônimo de perda de tempo e vitalidade, mais nada. Nada. E tenho sentido na própria pele, portanto assino ao lado.

Eu gostaria de viajar e segunda-feira começarei a frequentar a academia do bairro. Talvez eu viaje pra praia... quem sabe para Rio de Janeiro ou Ubatuba? Tudo dependerá da boa vontade da minha mãe. E do pouco dinheiro que jaz num potinho que meu pai usa pra guardar todo troco e moedas de um real que obteve ao longo do ano. Já roubei tanto dinheiro desse pote que temo ser minha culpa ele estar tão vazio. Mas não é hora de se culpar, o que está feito, está feito. E não foi por mal.

Tem um enchame de pernilongos debaixo da mesa me comendo as pernas; vou assistir seriados e tentar dormir.

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